domingo, 18 de janeiro de 2009

Foram tantas as ciladas os disfarces da morte

Nem sei comoporqueparaque tudo isso

Naquele momento crucial nem importei-me em ter morrido, inclusive eu ficaria livre do relógio de ponto, a única coisa que me incomodou foi a constatação de que eu ainda não havia concluido esta obra ou, ao menos, ter-lhe dado um encaminho, um esboço, um sinal a ser percebido por alguém

Não por mim mas por meu pai terreno, no momento da morte vi-me sendo velado por ele e por isso não quis, não entreguei-me

Eu não poderia ficar com esta dúvida no ar

Agora sei o risco que corri

Foi como enfrentar o leão mais faminto do mundo

Foi terrível

Agora sei o quanto fui, do princípio ao fim, caçado para ser morto

A morte muitas vezes vem em forma de encanto
Talvez sempre, talvez sempre
Sempre assim
Encantadora = embriagante, com mil olhos no corpo feito céu estrelado
Puro disfarce

Nenhum comentário: